O grupo audiovisual terá de pagar mais de 3,4 milhões de euros de indemnização por ter demitido, em 2016, a apresentadora e produtora Maïtena Biraben, sem "causa real e grave", confirma o Supremo Tribunal francês, que decidiu o processo.

Um acordo anterior em Tribunal, revelado pelo L'Informé, confirmou a decisão do Tribunal de Recurso de Versalhes, que condenou o grupo Canal+ a pagar à apresentadora cerca de 3,5 milhões de euros em indemnizações diversas, em Junho de 2021. Este montante foi revisto ligeiramente em baixa, após a anulação de cerca de 40 mil euros devidos por salários em atraso. A indemnização por cessação do contrato também foi recalculada, e fixou-se nos 136 mil euros.

“A luta pelo essencial acabou. Eu estou orgulhosa. Marca uma vida”, disse Maïtena Biraben à Agência France-Presse. Contactado, também, pela AFP, o Canal+ não quis comentar.

A ex-apresentadora do programa "Le Grand Journal" foi demitida, após uma única temporada, por "má conduta grave". O Canal+ reclamava 4 milhões de euros no Tribunal do Trabalho. Este órgão, considerou, desde logo, o seu despedimento sem “causa real e grave” e tinha condenado, em Setembro de 2018, o grupo Canal+ a pagar-lhe mais de 3,4 milhões de euros. A subsidiária da gigante dos media, Vivendi, contestou essa decisão no Tribunal de Apelação de Versalhes, que aumentou a sua sentença em Junho de 2021, culminando, agora, nesta derradeira decisão do Supremo Tribunal francês.