A Teledifusão de Macau (TDM) celebrou 40 anos no passado dia 13 de Maio, e o Centro Cultural e Científico de Macau, em Lisboa, assinalou a data com uma cerimónia nesse mesmo dia.

“O primeiro canal local de televisão iniciou actividade precisamente no dia 13 de Maio de 1984, com emissões diárias das 18h00 às 23h00, alternando programas em português e chinês”, lembra o jornal Tribuna de Macau.

A TDM foi fundada em 1982 como empresa pública com administração independente, passando a integrar também o serviço público de radiodifusão. Em 1988, com a compra de 49,5% das suas acções por privados, a TDM passou a ser uma empresa público-privada.

Em 1990, o canal único de televisão dividiu-se em dois: um em língua chinesa, Chong Man Toi, e outro em português, Canal Macau.

“A TDM tem conhecido um forte desenvolvimento, cumprindo a sua missão de serviço público de televisão e rádio”, disse ao Tribuna de Macau António José de Freitas, presidente do Conselho de Administração da TDM.

Ao longo dos anos, a TDM tem acompanhado os grandes acontecimentos realizados no território, incluindo as cerimónias de transferência da administração de Portugal para a China, em Dezembro de 1999, em conjunto com a RTP.

Actualmente, a TDM, que emprega 628 trabalhadores e fechou 2023 com resultados positivos de 1,95 milhões de euros, tem cinco canais de televisão em sinal aberto, um canal por satélite e dois canais de rádio.

“Penso que os telespectadores de Macau deveriam estar orgulhosos de ter a TDM, porque não é em qualquer parte do mundo que há um canal trilingue: com português, chinês e inglês”, disse o presidente do Conselho de Administração.

Mais recentemente, em 2021, vários jornalistas portugueses a trabalhar na TDM demitiram-se “na sequência de uma directiva que exigia uma linha editorial patriótica, proibindo a divulgação de informações e opiniões contrárias às políticas da China”, lembra o Tribuna de Macau.

Um dos objectivos para o futuro é “valorizar ainda mais os canais portugueses”, disse António José de Freitas, acrescentando que estes canais são “sempre uma grande aposta, sobretudo agora com a cooperação que existe entre a China e os países lusófonos”.