The New York Times privilegia o digital e admite a extinção a prazo da versão em papel

O certo, porém, é que o tempo deu razão ao Times e hoje conta com mais de um milhão e meio de assinantes digitais, o que representa uma receita já superior à publicidade.
O eixo fundamental desta nova lógica editorial, é, contudo, preservar “o jornalismo de qualidade”.
E graças a mais de cem milhões de pessoas no mundo que acedem ao site do NYT, pelo menos uma ou duas vezes por mês, Golden realça que essas visitas embora não gerem receitas directas podem converter-se, a prazo, em novos assinantes e contribuir para reforçar as receitas da publicidade.
Estes resultados explicam o optimismo de Golden, ao considerar que “estamos felizes por não estarmos parados, mas o futuro não está decidido, embora estejamos em melhores condições do que a maioria das publicações (…). Todavia, há muito trabalho para fazer e há um mundo que assusta” .
Michael Golden está à frente do NYT desde 1997, e não esconde que embora não sabendo quanto tempo falta para que o jornal deixe de imprimir-se, tem a certeza de que esse dia chegará.
Com o negócio tradicional em decadência. o NYT pode vir a ser definido em breve como um periódico da Web.
O Times reduziu a redacção e hoje já não produz apenas um diário, sendo antes um gerador de conteúdos – texto, fotos, vídeos, infografias interactivas – quer para a Web, quer para o papel e redes sociais.
Leia na íntegra o texto do media-tics e a entrevista de Michael Golden ao La Nacion
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