Repressão sobre jornalistas não mudou na Birmânia

A advogada Amal Clooney, mulher do actor americano George Clooney, associou-se à defesa dos acusados, embora não tenha estado presente na audiência referida, do dia 11 de Abril.
A dirigente da Liga Nacional pela Democracia, o partido no poder há dois anos, é Aung San Suu Kyi, cujo silêncio sobre a sorte dos Rohingya é criticado, tanto no interior da Birmânia como no exterior, pelos movimentos de defesa dos Direitos Humanos.
Aun San Suu Kyi chegou ao lugar que hoje ocupa - equivalente ao de primeiro-ministro - depois de uma vida de resistência pacífica ao anterior regime militar. Recebeu em 1991 o Prémio Nobel da Paz, quando se encontrava ainda detida numa pena de prisão domiciliária que durou vinte anos.
Segundo reportagem recente em The Guardian, “Suu Kyi pouco tem falado publicamente sobre o conflito, e nomeadamente recusa usar o termo Rohingya, que não é uma minoria reconhecida pelo governo da Birmânia.”
O secretário-geral dos Repórteres sem Fronteiras, Christophe Deloire, dirigiu em Setembro de 2017 uma carta-aberta a Aun San Suu Kyi, denunciando as violências sobre os Rohingya e a repressão dos jornalistas no país, criticando ainda o seu silêncio sobre estes “atentados à liberdade de Imprensa”.
Mais informação em Le Monde e The Guardian. As imagens dos jornalistas detidos são, a primeira da Reuters, e a segunda de japantimes.co.jp