Portugal em 7º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa
Os RSF publicaram a versão de 2022 do Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, que analisa e compara as condições de trabalho de jornalistas em 180 países, com base em inquéritos realizados junto dos profissionais dos “media”.
Este ano, Portugal subiu três posições, passando para 7º lugar. De acordo com os RSF, o país destaca-se por usufruir de pluralidade noticiosa, além de um governo que, de forma geral, respeita o trabalho jornalístico.
Ainda assim, o relatório alerta para alguns abusos contra os “media” e os seus colaboradores”, recordando o “ciberataque” contra os “sites” da Impresa, e a agressão física contra um operador de câmara de TVI, à saída de um jogo de futebol.
Tal como tem acontecido nos últimos anos, os países nórdicos destacaram-se pela positiva, com a Noruega (1º), a Dinamarca (2º) e a Suécia (3º) a preencherem os lugares do “pódium”.
Por outro lado, foram vários os países e regiões que preocuparam a associação de defesa do jornalismo. A título de exemplo, Hong Kong desceu 68 posições, passando de 80º para 148º lugar.
Os RSF justificaram a “queda a pique” daquela região administrativa especial com a crescente intervenção do governo chinês, o que resultou no encerramento de diversos títulos independentes, bem como na perseguição e detenção de jornalistas e empresários dos “media”.
Além disso, continua o relatório dos RSF, a lei prevê penas de prisão para jornalistas que cometam “crimes de insubordinação”, “terrorismo”, ou “conluio com forças estrangeiras”.
Por isso mesmo, a associação conclui que Hong Kong deixou de ser uma região segura para o exercício de jornalismo livre. Ainda assim, a China subiu alguns lugares no “ranking”, passando de 177º para 175º lugar.
Maio 22
O panorama mediático chinês continua, contudo, a ser considerado preocupante, uma vez que 110 jornalistas se encontram, de momento, a cumprir penas de prisão.
Além disso, Pequim acredita que os “media” devem funcionar, apenas, como porta-voz do governo.
Outro dos países que mais preocupam os RSF é a Rússia, que passou de 150º para 155º lugar, perante os crescentes ataques à imprensa independente, e a perseguição a jornalistas que se afastem da narrativa oficial do governo, especialmente no que diz respeito à invasão da Ucrânia.
A Rússia integra, por isso, a “lista vermelha” do retrocesso da liberdade de imprensa, juntamente com a Bielorrússia (153º lugar), o Myanmar (176º lugar), o Turquemenistão (177º), o Irão (178º), a Eritreia (179º) e a Coreia do Norte (180º).
Os RSF alertam, ainda, para a polarização dos “media”, particularmente nos Estados Unidos em França (26º lugar), nos Estados Unidos (42º) e na Polónia (66º). Neste último caso, a associação destaca o crescente controlo das autoridades sobre o trabalho desenvolvido pelos jornalistas.
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