Plataforma personaliza conteúdos para contrariar “avalanche” informativa
Num panorama mediático caracterizado por uma “avalanche informativa”, o projecto norte-americano Axios garantiu o seu sucesso através de artigos sucintos, que apresentam a informação em tópicos, reduzindo-a aos aspectos mais importantes.
Conforme recordou Katie Robertson, num artigo do “New York Times”, o “Axios” foi criado em 2017, por Jim VandeHei, Mike Allen and Roy Schwartz, distinguindo-se por informar os cidadãos sobre os eventos de Washington DC, através do envio de “newsletters” inovadoras.
Desde então, o negócio expandiu-se, passando a produzir “newsletters” para 25 cidades norte-americanas.
Graças a este modelo de negócio, o “Axios” conseguiu, em plena crise dos “media”, contratar 400 colaboradores, e ultrapassar o patamar dos dois milhões de subscritores.
Em entrevista para o “New York Times”, Jim VandeHei, editor-executivo desta publicação, explicou que a aposta em notícias locais foi motivada pelo reforço do modelo de teletrabalho, que levou muitas pessoas a abandonarem os grandes centros urbanos.
Agora, cada “newsletter” é elaborada por dois jornalistas locais, que combinam conteúdos originais, com a reprodução de artigos de outras publicações.
“Vimos os frutos do nosso trabalho mais cedo do que esperávamos – as pessoas demonstraram interesse em abrir os nossos ‘e-mails’”, explicou VandeHei.
Embora as “newsletters” nacionais, globais e locais “Axios” sejam gratuitas, são, agora, complementadas pelas novas “newsletters Axios Pro”, que enviam relatórios de “hiper-nichos”, por 599 dólares anuais.
Março 22
Entretanto, perante o “feedback” e pedidos dos leitores, o Axios criou com uma nova ferramenta, a Axios HQ, que ajuda os profissionais do mundo corporativo a adaptarem a sua linguagem, para que a comunicação interna tenha um maior nível de eficácia.
A “Axios HQ” consiste, assim, num “software” de Inteligência Artificial, que oferece sugestões de edição, transforma o texto em tópicos, e tem um custo anual de 10 mil dólares
Além disso, o modelo de negócio do “Axios” depende, ainda, de investimentos publicitários. Assim, em 2021, este projecto gerou mais de três milhões de dólares em receitas.
E, embora VanderHei admita que o projecto está a ter efeitos positivos nas notícias locais, o seu principal objectivo é outro.
“Não estamos a tentar fazer gestos romantizados”, disse. “Somos altamente capitalistas, e só apostamos nos negócios que acreditamos serem lucrativos”.
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