Pandemia de desinformação pode lesar saúde pública
A pandemia de coronavírus fez-se acompanhar de uma vaga de notícias falsas e de artigos enganosos, com teorias sobre possíveis curas para a doença, ou “teorias de consipiração” sobre a sua origem.
Em Fevereiro, a crescente partilha de informação falsa começou a preocupar as autoridades internacionais, nomeadamente, a Organização Mundial de Saúde, que apelidou esta vaga de “infodemia”.
Ora, uma análise da jornalista Kaleigh Rogers, publicada no “site” “FiveTirthyEight” sugere que esta pandemia de desinformação pode ter consequências tão ou mais graves do que aquela que marcou, em 2016, as eleições norte-americanas. Até porque, agora, estamos a lidar com uma questão que pode ter consequências irreversíveis para a saúde pública.
Apesar dos alertas das comunidades internacionais e de alguns governos, um estudo da Universidade de Cornell sugere que uma percentagem pouco significativa dos consumidores de informação relataram ter detectado notícias falsas.
Além disso, o mesmo estudo sugere que cada vez mais pessoas acreditam em publicações com conteúdo enganoso, seguindo as directivas ali sugeridas.
Maio 20
Em 2016, apenas 8% dos inquiridos disse ter confiado em “fake news”. Com o coronavírus, essa percentagem subiu para 19%.
Outros estudos sugeriram que os cidadãos norte-americanos parecem estar mais dispostos a acreditar em qualquer informação que lhes seja passada por um “site” que se assemelhe a uma plataforma de informação.
Assim, 40% dos inquiridos pela Universidade de Cornell demonstrou não ter a capacidade para distinguir uma manchete falsa de uma manchete verdadeira. Os outros 60 % disseram-se inseguros sobre a sua classificação.
Esta tendência deverá continuar a registar-se, já que continua a haver um profundo desconhecimento, mesmo dentro da comunidade científica, sobre a Covid-19.
Assim, as empresas de “fact-checking” estão a desempenhar um trabalho de extrema importância para a saúde comunitária, e a literacia mediática começa a ser debatida como uma valência imprescindível.
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