Os leitores de imprensa e o que procuram nos títulos informativos
Os leitores de notícias podem dividir-se em seis categorias, dependendo das suas necessidades e interesses, concluiu um relatório do “Financial Times”, citado pelo"Laboratório de Periodismo”, cujas conclusões podem ajudar outros “media” a reter subscritores.
De acordo com o estudo, por norma, os cidadãos consultam os títulos informativos com um de seis objectivos: manterem-se actualizados, alargarem a sua contextualização sobre o mundo que os rodeia; educarem-se sobre um determinado tópico ou personalidade; divertirem-se através de artigos lúdicos ou actividades didácticas; inspirarem-se ao lerem histórias sobre alguém que superou adversidades; e seguirem as tendências do mundo ‘online’.
Assim, a fim de terem sucesso junto do público, explica o documento, os jornais devem identificar a categoria com a qual a maioria dos seus leitores se identifica, para que possam continuar a captar o seu interesse, gerando um maior número de subscrições e, consequentemente, mais receitas.
O “Financial Times” realizou esta experiência junto de três editoras distintas, ajudando-as a compreender aquilo que poderiam fazer para optimizar a interacção com o público.
A editora 1, por exemplo, concluiu que 40% dos artigos que produzia eram da categoria “actualize-me”, mas que estes geravam, apenas, 13% de visualizações de página. Por outro lado, os artigos da categoria “entretenimento” representavam 19% do total de artigos publicados, mas, geravam 43% das interacções.
Julho 22
Também a editora 2 e a editora 3 perceberam que estavam a fazer uma sobreprodução de artigos de actualidade, alocando recursos para uma categoria que atraía poucos leitores.
Assim, o “Financial Times” concluiu que, de forma a reterem mais subscritores, os títulos informativos deveriam perceber o tipo de conteúdo que seduzia os seus leitores, para que pudessem apostar nessas categorias, e garantir a sua sustentabilidade ao longo dos anos.
Em alguns casos, isto pode significar um afastamento das notícias de última hora, para reforçar as editorias relacionadas com a educação,, ou entretenimento.
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