O jornalismo está, directamente, ligado à sociedade pela qual é produzido e, por isso, embora possua características transversais a qualquer lugar, é constituído por elementos muito particulares, inerentes ao espaço geográfico, histórico e cultural onde é partilhado, considerou Mariane Neva num artigo publicado no“Observatório da Imprensa”, com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Como tal, referiu a autora, o jornalismo adapta-se, também, às necessidades dos cidadãos, ajudando-os a intervir na vida civil, e a ter uma participação activa nas decisões democráticas, consoante a realidade de cada local.
No entanto, considerou Neva, na sua maioria, os jornais limitam-se a publicar “recortes” de realidades multidimensionais, não conseguindo espelhar a complexidade e diversidade da sociedade em que os leitores estão inseridos.
Isto resulta numa “pescadinha de rabo na boca”, em que sempre que o jornalismo falha, a democracia fica prejudicada, e sempre que o sistema político sofre, os “media” perdem liberdades, ou são encarados com menos confiança.
Por isso mesmo, a autora considera que, para que os “media” e a vida democrática se beneficiem mutuamente, o jornalismo deverá voltar-se para a cidadania.
Isto significa que deverá haver, nas redacções, uma pluralidade de conteúdos e de jornalistas, que seja representativa da sociedade. Além disso, de acordo com Neva, é crucial que as publicações noticiosas convidem os leitores a interessarem-se por todas as esferas da vida em comunidade.
Junho 22
Além disso, sublinhou a autora, é essencial que os jornalistas assumam uma posição em defesa do público, embora mantendo a objectividade dos relatos.
Caso isso não aconteça, concluiu Neva, o jornalismo deixará de servir a democracia, “actuando, apenas, em prol de quem tem poder”.
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