“Language, please” como plataforma de ajuda a jornalistas
A redacção de um texto noticioso pode ser desafiante, uma vez que exige diversas decisões, entre escolhas de linguagem adequada, de enquadramento e de opções editoriais.
Por isso mesmo, referiu Sarah Scire num artigo publicado no “Nieman Lab”, a “Vox Media” criou uma nova ferramenta, financiada pela Google News Initiative, que ajuda os jornalistas a escolherem linguagem adequada para peças sobre temas sensíveis, numa altura em que a terminologia relacionada com estas questões está a alterar-se.
Chama-se “Language, Please” e inclui uma lista com 275 entradas, que se dividem entre “Questões Sociais”, “Deficiências, Neuro Divergência e Doenças Crónicas”, “Género e Sexualidade”, “Fronteiras e Populações”; “Saúde Mental, Trauma, e Abuso de Substâncias”; e “Raça e Etnia".
Além disso, o “site” da “Language, Please” inclui guias para facilitar a interacção entre colegas, e dicas sobre a conduta a adoptar em reuniões, ‘workshops’, ou qualquer outro tipo de cenário profissional.
Conforme apontou o director de diversidade da Vox Media, Christopher Clermont, o objectivo deste projecto passa por “ajudar as redacções a melhorarem a cobertura noticiosa de questões sociais, culturais ou identitárias”.
“Quando surgem notícias relacionadas com as dinâmicas da sociedade, os jornalistas têm dificuldade em estabelecer normas linguísticas para abordar determinados temas. Portanto, quisemos dar-lhes um recurso gratuito para facilitar o seu trabalho”, disse o mesmo responsável.
A editora de estilo da Vox, Tanya Pai, também participou na criação deste projecto, tendo entrevistado vários profissionais sobre as suas maiores dificuldades.
Julho 22
“Alguns jornalistas disseram que queriam ‘saber empregar as palavras certas’, enquanto outros queriam compreender as ‘nuances’ dos debates sociais. No geral, todos procuram entender o contexto destas mudanças de terminologia”, disse.
Agora, os profissionais interessados podem consultar este “site” e até sugerir alterações que considerem convenientes. Para já, a plataforma está disponível, apenas, em inglês.
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