Jornalistas catalães divididos sobre a independência da Catalunha

“O slogan - ‘A Espanha está a roubar-nos’ - esconde a máxima de ‘pós-verdade’ de que somos insolidários com os nossos, e nesse soma-e-segue chegamos agora a penalizar o estrangeiro pelo facto de o ser, mesmo que se trate de um turista que atende ao canto de sereia das campanhas de publicidade da Generalitat.”
Referindo-se ao debate em curso, no Ayuntamiento de Barcelona, sobre a nova taxa turística, que se propõe cobrar ao turista o dobro do preço dos bilhetes de metro ou autocarro, Salvador Molina ironiza que tem de pagar mais “esse bárbaro (estrangeiro) que ousa vir fazer turismo a Barcelona, para tirar fotografias, consumir, comprar, gastar e deixar euros, dólares ou ienes nos bolsos de todos os catalães”.
O autor descreve depois vários casos de um jornalismo praticado com “protagonismo e sectarismo político e informativo”, como o de uma apresentadora que “queimou um exemplar da Constituição Espanhola em directo”.
Sublinha também, como exemplo da “mordaça informativa catalã e do pensamento único dos meios públicos”, o caso de dois jornalistas catalães, Nacho Martín Blanco e Joan López Alegre, que chegaram à conclusão de que a sua presença nos debates da TV3 e da Catalunya Ràdio era “contraproducente, porque servia apenas como alibi para demonstrar a sua suposta pluralidade e consolidar a tese dominante.”
O texto citado, em Media-tics