Jornalistas angolanos continuam a ser alvo de agressões
O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) apelou às autoridades angolanas que garantissem a segurança dos repórteres, e que investigassem as agressões contra os profissionais dos “media”, registadas na recente greve de taxistas.
Conforme apontou o CPJ, no dia 10 de Janeiro, seis jornalistas dos canais angolanos TV Zimbo e TV Palanca sofreram uma “tentativa de linchamento”, quando reportavam incidentes ocorridos em Luanda, durante uma paralisação de taxistas,
No seu comunicado, a CPJ conta que falou com os jornalistas por telefone, que relataram ter sido alvo de agressões verbais e físicas.
Aquela organização entrou, também, em contacto com o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola, Teixeira Cândido, que contou que os atentados contra os colaboradores dos “media” são algo cada vez mais recorrente, uma vez que existe uma percepção de parcialidade a favor do governo e do partido no poder.
“Como se vê pelo ataque recente às equipas de reportagem da TV Zimbo e da TV Palanca, os jornalistas parecem estar a ser ‘bodes expiatórios’ para a raiva dos cidadãos contra o Estado”, disse a coordenadora do programa do CPJ para África, Angela Quintal.
De acordo com a mesma responsável, o CPJ está “cada vez mais preocupado”, visto que a liberdade de imprensa “está a deteriorar-se Angola, à medida que o país se aproxima das eleições gerais”, previstas para este ano.
Janeiro 22
“A imprensa deve poder fazer o seu trabalho livre de intimidações e do risco de ataque, para que todos os angolanos possam gozar o seu direito de uma diversidade e pluralidade de informação”, disse.
Conforme indicam relatórios da “Freedom House”, Angola é um país não livre, onde a maioria dos “media” é controlada pelo governo, recusando-se, por isso, a fazer a cobertura noticiosa de alguns eventos críticos do regime político.
Além disso, recorde-se, grande parte dos directores de “media” privados mantém uma relação próxima com o MPLA.
Angola encontra-se em 103º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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