Ademais, à época, as redes sociais não pareciam ter interesse em favorecer a sustentabilidade da indústria jornalística, uma vez que não tinham qualquer acordo de remuneração de conteúdos.


Aliás, em 2016, a Apple havia introduzido uma ferramenta para bloquear anúncios no seu agregador de notícias, privando os jornais de receberem receitas publicitárias.


Assim, Bell sugeriu que os “publishers” optassem por uma de três alternativas, com o objectivo de assegurar o futuro do seu negócio.


A primeira passava pelo estabelecimento de acordos com novas plataformas, onde as ferramentas de bloqueio publicitário não funcionassem.


A segunda consistia em aceitar que as redes sociais prejudicavam o negócio e adoptar, neste sentido, um novo modelo de negócio, que fosse, ainda assim, compatível com a era digital.


Na terceira sugestão, Bell afirmou que as publicações jornalísticas deveriam apostar em novas formas de publicidade, que não fossem detectadas por “ad blockers”, tais como artigos de conteúdo patrocinado.


Por outro lado, Bell considerou que, mais importante do que pensar sobre os modelos de negócio adoptados, seria reflectir sobre a qualidade dos conteúdos jornalísticos produzidos, bem como a sua relevância para o público.


Assim, a autora apelou à regulação governamental, no sentido de garantir a pluralidade noticiosa, pedindo, também, aos jornalistas que ponderassem sobre o tipo de ecossistema mediático mais desejável para o futuro.



Leia o artigo original em “Columbia Journalism Review”