Inovação nos media impressos e aposta na qualidade traz dividendos
“As perdas de circulação e receita de publicidade dos media impressos são impressionantes em todo o mundo desenvolvido, os quais sofreram com os gigantes da Internet, que capturam cada vez mais a receita de publicidade digital, e o actual ecossistema de informações está repleto de desinformação e lixo” afirma Miguel Ormaetxea, no artigo publicado pela Media-Tics.
No entanto, o autor admite existirem casos de notório sucesso e analisa alguns que convém seguir, pois “apontam caminhos muito interessantes”.
O primeiro é o do “The Guardian”, que de acordo com o autor, “está entre os melhores jornais do mundo pela sua qualidade”. Após passar por um período difícil, o jornal acaba de anunciar os seus “melhores resultados desde 2008, com receitas equivalentes a cerca de 300 milhões de euros, que constituem o primeiro superávit. A receita das notícias digitais é agora maior do que a fornecida pela edição impressa no Reino Unido. Com a publicidade digital, a representar nada menos do que dois terços da receita total”.
De acordo com Ormaetxea, existe um interesse renovado dos investidores nas publicações de nicho. Cita o exemplo, The Cool Down, uma startup dedicada às mudanças climáticas, que conseguiu uma primeira tranche de um acordo de financiamento de 5,7 milhões de dólares. Será também financiado com uma vasta gama de produtos ecológicos, desde fogões de indução a bombas de calor, passando por desodorizantes.
Outro exemplo é o "The New European", lançado em 2016, com o Brexit, já arrecadou meio milhão de euros em Junho, e oferece aos seus leitores a oportunidade de comprarem acções. Agora acaba de conseguir 1,18 milhão de euros com a mesma fórmula de sucesso.
Num interessante evento promovido em Paris pelo "Le Monde", as tendências de fundo foram apontadas. Por exemplo, a Mediapart, fundada como um meio de comunicação totalmente independente há 14 anos, alcançou 21,3 milhões de euros, arrecadados graças a mais de 200 mil assinaturas. Tem 6,5 milhões de visitantes mensais. Não tem publicidade e conta com uma equipa de 131 colaboradores, dos quais mais de metade são jornalistas.
Outubro 22
Em França, “os milionários ocuparam a grande maioria das manchetes e as notícias verdadeiramente independentes são um sucesso. Na Espanha estão associados ao InfoLibre”.
Vários meios de comunicação espanhóis “estão no topo dos media com mais seguidores no TikTok, de acordo com o ranking compilado pelo The Fix”, indica o autor. O líder é o British Daily Mail, mas é seguido de perto pelo Ac2alityespanol, com 3,5 milhões de seguidores no TicTok. Também mantém contas no Instagram, Twitch, Twitter, Facebook e outros.
No artigo Ormaetxea, citar ainda o Reuters Report, que indica que “oito em cada dez espanhóis já se informam através dos canais digitais, além da TV e três em cada quatro informam-se pelo telemóvel”.
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