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Imprensa independente em Hong Kong continua a fechar
O "Citizen News", um jornal independente de Hong Kong, anunciou a decisão de encerrar a actividade, perante a deterioração da liberdade de imprensa naquele território.
“Infelizmente, as rápidas mudanças na sociedade e o agravamento do ambiente mediático impedem-nos de conquistarmos os nossos objectivos. Perante esta crise, fizemos da nossa prioridade a segurança dos nossos jornalistas”, pode ler-se num comunicado daquele jornal.
Da mesma forma, numa conferência de imprensa, a editora-executiva da “Citizen News”, Daisy Li, considerou que o sector jornalístico tinha deixado de ser “seguro”.
“Se já não tenho a confiança necessária para liderar os meus repórteres, tenho de assumir uma nova posição”, afirmou aquela responsável.
Conforme apontou o jornal britânico “The Guardian”, o encerramento da “Citizen News” terá sido impulsionado pelas buscas policiais realizadas à redacção do “Stand News”, outro dos jornais independentes de Hong Kong, que resultaram na detenção de seis profissionais.
Estes acontecimentos foram posteriores, recorde-se, ao encerramento forçado de um dos principais jornais pró-democracia daquele território, o “Apple Daily”, cujo fundador, Jimmy Lai, se encontra a cumprir uma pena de prisão, ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, imposta por Pequim em 2020.
Janeiro 22
Agora, as crescentes restrições à actividade livre da imprensa de Hong Kong estão a preocupar diversas associações de defesa de jornalistas, que passaram a vigiar, de perto, as condições a que os profissionais dos “media” estão sujeitos.
Além disso, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, passou a integrar, recentemente, a Lista de Predadores da Imprensa, publicada, todos os anos, pelos Repórteres sem Fronteiras.
