“Depois de identificar quais grupos e comunidades onde obter informações, devemos pensar onde encontrar essas pessoas: em eventos ou espaços comunitários. Isso pode ser em bibliotecas, bares locais, mercados, jogos de futebol etc. .”

O guia recomenda, por exemplo, o uso de grupos online como Nextdoor ou grupos do Facebook. A Trusting News recomenda a ligação com um moderador nesses espaços, para explicar o que se pretende fazer e perguntar se estão dispostos a ajudar. Além disso, é interessante ficar atento aos e-mails recebidos pela publicação nas secções como comentários, e analisar os motivos da insatisfação.

Algo a considerar para interagir com quem tem por experiência própria, em vez de comunicar interpostos representantes.

É importante notar que isso não pretende conquistar toda a gente hostil ao jornalismo. “Se alguém parece inatingível e não convencido pelos factos, é provável que nunca faça parte do público que alcança. Não estamos aqui para chegar a todos”.

Depois de encontrar interlocutores dispostos a interagir, “inicie a conversa explicando quem é e qual o objectivo. Procure explicar que nada do que disserem será usado em citações no artigo e só será partilhado internamente na redação para ajudar sua organização a melhorar."

O guia inclui uma lista de perguntas sugeridas. Recomenda-se adoptar uma postura de humildade, "reconhecendo que o seu meio de comunicação pode ter ignorado ou prejudicado diferentes comunidades no passado, mas que se esforça para fazer melhor e quer entender os problemas que eles enfrentam".

De acordo com o guia, “lembre-se que isso não é um debate e que seu objectivo nessa entrevista é ouvir e aprender. Se o entrevistado disser coisas sobre jornalismo, ou seu trabalho especificamente, que gostaria de corrigir ou defender, tente deixar esses pontos para o final. Esperamos que as interações sobre o assunto o ajudem a entender e envolver-se com os jornalistas, e não há problema em explicar a sua credibilidade e as práticas recomendadas. Mas o objectivo principal da conversa é ouvir e entender, não fazer a pessoa mudar de lado e tampouco é ganhar uma discussão”, explica o manual.

O guia recomenda a monotorização constante das respostas a essas perguntas. “Gravar algumas notas sobre as respostas, os assuntos mencionados, impressões gerais e descobertas é fundamental para identificar temas e, eventualmente, agir.