Formação da opinião pública exige “jornalismo em pé”
A imprensa desenvolveu, ao longo dos tempos, um papel essencial para a formação da opinião pública, ajudando os cidadãos a estabelecerem as suas próprias visões do mundo, e a questionarem o poder estabelecido.
Contudo, com o aparecimento das novas tecnológicas, os “media” perderam a exclusividade informativa, uma vez que qualquer cidadão com acesso à internet pode partilhar a sua ideologia, influenciando o seu círculo de seguidores.
Mas, ao contrário do que acontece com os jornalistas, os utilizadores das redes sociais não têm preocupações éticas e democráticas, impulsionando, por vezes, movimentos extremistas, e contribuindo para a polarização da sociedade.
Por isso mesmo, é essencial que a imprensa continue a assumir um papel de liderança na sociedade, aproximando-se dos leitores, marcando a diferença e distinguindo-se dos “cidadãos comuns”, considerou Marcos Fabrício Lopes da Silva, num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Assim, afirmou Lopes da Silva, a imprensa tem de apostar no “jornalismo em pé”, em detrimento do “jornalismo sentado”.
Ou seja, continuou o autor, é essencial que os jornalistas “saiam à rua”, entrem em contacto directo com as fontes, apresentando informações novas, que contribuam para a compreensão do mundo contemporâneo.
Abril 22
Isto é: os jornalistas deverão voltar a assumir as rédeas na formação da opinião pública, com recurso a ideais éticos e deontológicos.
Já o “jornalismo sentado”, que se caracteriza pela reprodução de textos de outros profissionais, deve ficar em segundo plano.
Só assim, concluiu o autor, a imprensa conseguirá espelhar a diversidade de ideologias, para que se volte a respeitar as opiniões de terceiros, e para que as democracias possam prosperar.
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