O Facebook publicou mesmo um comunicado em que esclarece o critério de “valores” que informa a empresa e, neste caso especial, o seu serviço News Feed:

“O Facebook foi fundado sobre a ideia de pôr as pessoas em contacto com os seus amigos e família. Esse continua a ser o princípio condutor do News Feed. A nossa prioridade é mantê-lo, a si, em contacto com as pessoas, os lugares e as coisas com que deseja estar em contacto  -  a começar pelas pessoas de quem é amigo no Facebook. É por isso que, se o que chega vem dos seus amigos, vai para a sua entrada, ponto  - só tem que fazer scroll.” 

O comunicado esclarece que, quando o News Feed começou, em 2006, “era difícil imaginar o desafio que hoje enfrentamos: um volume de informação excessivo para que qualquer pessoa o possa consumir; nesta década, mais de um bilião de pessoas aderiu ao Facebook, e hoje partilham uma torrente de histórias todos os dias”. 

“Se você pudesse olhar todos os dias para milhares de histórias, e escolher as dez mais importantes para si, quais seriam? A resposta deve estar no seu News Feed. É subjectivo, é pessoal e único  - e define o espírito daquilo que nós esperamos conseguir.” 

Segundo o site CNN Money, “esta medida vai certamente causar mais ansiedade entre as grandes e pequenas empresas noticiosas. Os media dependem agora do Facebook para uma grande fatia do seu tráfego mensal e são sensíveis a qualquer mexida no News Feed. O Facebook também começou recentemente a pagar a algumas empresas noticiosas  - incluindo a CNN -  para produzirem vídeos para o Facebook Live”. 

Entrevistado pelo CNN Money, Adam Mosseri, que dirige o News Feed, procurou tranquilizar os receios e atenuar as consequências, embora reconhecendo que as editoras “podem notar uma pequena mudança no tráfego de referência”. 

Segundo o Diário de Notícias, “esta não é a primeira vez que o Facebook mexe no algoritmo que define como as publicações são apresentadas. É frequente haver ‘afinações’, decorrentes da forma como os técnicos por trás da plataforma avaliam a utilização dos membros desta rede social”. 

“No entanto, nos últimos tempos tem-se assistido a uma tendência de privilegiar os conteúdos criados por ‘profissionais’, como acontece nos chamados instant articles - notícias de órgãos de comunicação social distribuídas de acordo com os interesses expressos pelos utilizadores. A alteração agora anunciada vai no sentido inverso.”

 

Mais informação na CNN Money e o comunicado do Facebook