Documentário sobre o papel da comunicação estreado em Madrid
A Dircom apresentou o documentário “Strategists”, uma reflexão sobre o papel da comunicação nas últimas décadas.
A jornalista e primeira vice-presidente da APM, María Rey, e o ex-vice-presidente do Governo, Alfonso Guerra, reflectiram sobre o poder transformador da comunicação durante a apresentação da estreia de “Strategists”, um documentário realizado pela Associação de Directores de Comunicação (Dircom) sobre a evolução da comunicação nas últimas décadas.
O presidente da Dircom, Miguel López-Quesada, María Rey afirmou que "a política e o jornalismo são atividades espelho, mas não deveria ser assim", referindo-se à dependência que, às vezes, é gerada entre as duas funções”.
A jornalista expressou a sua opinião sobre as redes sociais, afirmando que "são uma fonte de informação e uma oportunidade, perdida neste momento, mas recuperável". Em referência ao papel das instituições hoje, Rey defendeu que elas são os pilares da democracia: "Elas podem ser criticadas, mas o sistema deve ser respeitado, pelo menos até que mudem".
Por outro lado, o ex-vice-presidente do Governo, Alfonso Guerra, referiu-se em diversas ocasiões à situação actual do jornalismo. Para ele, "o jornalismo precisa mudar e pode fazer mais do que se esgotar com a verdade".
O documentário “Strategists”, que estreou a 27 de Setembro, nos Teatros Luchana em Madrid, oferece uma visão retrospectiva e futura da comunicação e dos seus profissionais. Também analisa o papel estratégico que a comunicação teve ao longo da história, o nascimento da figura dos directores de comunicação ou como nos encontramos imersos na era da atenção, entre outras questões.
Outubro 22
O documentário, realizado e coordenado pelo membro do Conselho Juan J. Gómez, conta com depoimentos entre várias figuras de Miguel Ángel Noceda, presidente da Federação de Jornalistas de Espanha (FAPE) e terceiro vice-presidente da APM que afirma precisamente no documentário:
“No final da década de 1970, início da década de 1980, os ministérios começaram a contratar gente dos jornais para a comunicação. É neste momento que a necessidade de ter um assessor de imprensa começou a ser uma tendência.
Por seu lado, Miguel López-Quesada assegura no mesmo relatório: “Vivemos numa enxurrada de informação que nos obriga a escolher. Buscar a verdade é tecer uma história e devemos estar atentos a isso. Agora todos nós, até certo ponto, somos estrategas. Se o Dircom não existisse, teria que ser inventado”.
A estreia do “Strategists” é uma das actividades da programação especial do 30º Aniversário da associação, que será seguida de um Congresso nos dias 23 e 24 de Novembro.
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