Cuba pressionada a devolver credenciais de imprensa
O governo espanhol, a União Europeia (UE), políticos de diversos partidos e dezenas de associações exigiram às autoridades cubanas que devolvessem as credenciais de imprensa a todos os jornalistas da agência noticiosa Efe que trabalham naquele território.
Este apelo surge após as autoridades cubanas terem retirado as acreditações a uma equipa de repórteres da agência Efe, o que levantou preocupações quanto a restrições à liberdade de expressão na ilha.
Perante este cenário, o governo espanhol “não irá recuar” até que as autoridades cubanas devolvam “todas as credenciais”, assegurou o chefe da diplomacia de Madrid, José Manuel Albares, à chegada ao Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas.
O Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, sublinhou, por sua vez, que o bloco “emitiu um apelo às autoridades cubanas para que garantam a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa”, e considerou a medida das autoridades de Havana “mais um passo para impedir o fluxo de notícias abertas e correctas sobre a ilha”.
Borrell acrescentou que a UE “continuará a defender a função dos meios de comunicação independentes e confiáveis em todo o mundo”, para “a salvaguarda da liberdade e do pluralismo dos media”.
Da mesma forma, a Junta directiva da Aliança Europeia de Agência Noticiosas, que engloba 32 agências nacionais, incitou, igualmente, o Governo cubano a restituir aos jornalistas da Efe todas as credenciais, o que representaria “um sinal de transparência e boa vontade”.
Novembro 21
Aquele organismo considerou, ainda, que a medida das autoridades cubanas “é mais preocupante por ocorrer quando se prepara um protesto contra esse mesmo Governo na ilha”, numa referência à marcha cívica convocada pela oposição.
Já a presidente da Efe, Gabriela Cañas, que considerou “insuficiente” a devolução de duas autorizações de trabalho, sublinhou que o incidente registado em Cuba “é uma tentativa de silenciar a agência”.
De acordo com a Freedom House, Cuba -- que é considerada um país não livre -- tem um dos sistemas mediáticos mais restritivos do mundo, já que o governo controla todos os “media” oficiais e proíbe empresas de imprensa privadas.
Ademais, os “media” independentes operam de forma clandestina, e são classificados como “propaganda inimiga”.
Cuba encontra-se em 171º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países.
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