Como reduzir o “stress” das redes sociais e usá-las para o bem público
Em terceiro lugar aconselham a usar a rede de forma eficaz, seguindo os líderes de opinião na área que cobre para construir uma rede de fontes especializadas. Isso inclui académicos, líderes sem fins lucrativos e outros jornalistas.
Um cuidado especial a ter é evitar o efeito de câmara de eco. Neste quarto conselho as autoras mencionam a importância de seguir “pessoas em todas as demografias, regiões e assuntos de um modo que ofereça uma diversidade de discurso”.
Partilhar os trabalhos publicados é a quinta recomendação.
Para Crawford e Kuffour, a partiha pode fazer aumentar a notoriedade quer no meio jornalístico como nos recrutadores.
Como sexta recomendação é mencionado o especial cuidado a ter com os comentários postados, na medida em que “provavelmente não passam por um processo de edição ou verificação de factos, ao contrário dos artigos publicados”. Acrescentam as autoras: “lembre-se de que também representa a sua publicação e as suas palavras podem prejudicar a credibilidade dos colegas que cobrem o assunto do seu tweet”.
Pondere usar uma conta privada, mas tenha em conta que “embora possam proteger contra o assédio indesejado, limitam quem vê os tweets” é a sétima recomendação.
A oitava sugestão é dedicada ao uso do LinkedIn. As autoras defendem que o LinkedIn para jornalistas “ajuda os repórteres a encontrar fontes com um recurso de pesquisa mais forte e oferece sessões de treino gratuitas” com a vantagem de “aceitar inscrições trimestralmente”.
Ao postar no site, é recomendável trabalhar com o algoritmo para que os posts cheguem ao maior número de pessoas possível. No entanto o uso de hashtags deve ser moderado porque o algoritmo identifica um excesso como spam e filtrará a postagem dos feeds dos seguidores. É, também, recomendável “seguir pessoas e empresas notáveis que são relevantes para as histórias partilhadas (por exemplo, Roth seguindo Bill Gates), pois todos que seguem essas pessoas irão ver o post no feed”.
Diversificar a presença online com a presença nas redes TikTok, Instagram e Snapchat é a última recomendação de Crawford e Kuffour, que citam outro estudo da Pew Research que revela que os adolescentes são mais propensos a usar plataformas baseadas em vídeo. Apenas 23 por cento dos entrevistados disseram que já usaram o Twitter, em comparação com 95 por cento de utilizadores do YouTube e 67 por cento do TikTok.
As autoras acrescentam que “os jornalistas que cobrem tendências (como economia) e eventos (o desafio de um chip) costumam usar Instagram, TikTok e Snapchat para encontrar fontes por meio de hashtags e entrar em contacto por meio de mensagens directas. Muitos jornalistas mantêm suas contas do Instagram pessoais e não afiliadas ao seu trabalho”.
Em conclusão advertem para o facto dos hábitos de uso das redes sociais por parte dos jornalistas estarem mais sobre escrutínio do que o utilizador médio. Mesmo assim, “a promessa de expansão do público e reconhecimento da indústria mantém muitos jornalistas nessas plataformas. Esta pressão constante é insustentável. Embora as nossas sugestões não sejam definitivas, podem ajudar a aliviar o fardo”, concluem Crawford e Kuffour.