As conspirações nas redes sociais tanto à esquerda como à direita
As “teorias da conspiração” são utilizadas por indivíduos de todo o espectro político para reforçar as suas próprias convicções e ideologias, e validá-las junto dos seus pares, afirmou Camilo Aggio num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Conforme apontou Aggio, embora tenham começado a receber mais atenção nos últimos anos, as “teorias da conspiração” são um fenómeno há muito estudado por especialistas, que se caracteriza por apresentar explicações para acontecimentos passados, atribuindo a sua causa a um pequeno grupo de indivíduos poderosos, que querem prejudicar o bem comum.
Mais especificamente, as “teorias da conspiração” afirmam, por norma, que estes grupos actuam com o intuito de atentar contra instituições fundamentais e restringir direitos e liberdades individuais.
Estas “teorias” tornaram-se, especialmente, populares em período de pandemia, com diversas informações a circularem sobre os efeitos nefastos das vacinas.
Contudo, sublinhou o autor, ao contrário daquilo que nos é transmitido pelos “media”, as narrativas conspiratórias não são exclusivas da extrema-direita. Aliás, este tipo de crenças pode apelar a qualquer indivíduo, consoante a mensagem transmitida.
Ou seja, assegura Aggio, tanto a esquerda como a direita construíram as suas próprias versões conspiratórias sobre a realidade pandémica.
Setembro 21
O autor alerta, ainda, para as possíveis consequências deste tipo de narrativa. Isto porque, enquanto algumas destas “teorias” podem ser consideradas inofensivas, outras podem ter consequências graves para a saúde pública.
A título de exemplo, as “teorias da conspiração” sobre a existência de “microchips” nas vacinas contra a covid-19 já demoveram quase um terço da população norte-americana de ser inoculada.
A isto acresce, ainda, a velocidade a que as informações falsas circulam nas redes sociais, afectando milhares de pessoas por minuto.
Aggio considera, então, que este é um tema urgente, que merece a maior atenção mediática, de forma a evitar uma maior calamidade política, social, económica e sanitária.
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