Como habilitar o jornalismo na era da inteligência artificial
Além de investigar e escrever, produzir vídeos curtos e longos, desenhar novos formatos, mostrar e explicar realidades em profundidade com imagens, gráficos complexos, documentos visuais que se desenrolam em pequenas telas de telemóveis, podcasts, histórias de banda desenhada e até videogames, deve-se ser especialista em diferentes tecnologias de ponta. Todos esses especialistas de diferentes disciplinas colaborarão para lançar luz sobre novas formas de explicar um mundo cada vez mais complexo e inquieto.
Especialistas ambientais também serão essenciais, pois as mudanças climáticas e o aquecimento global serão, sem dúvida, de enorme importância. Em alguns anos, os jornalistas terão de dar-se conta de que cerca de 300 milhões de refugiados climáticos procuram desesperadamente um lugar para fugir de inundações e catástrofes.
Além disso, serão necessários especialistas em física quântica, saúde, telemedicina, novos medicamentos, novas pandemias, etc., para tornar esses temas acessíveis ao público em geral.
Por fim, no meio a uma perigosa enxurrada de desinformação e lixo que circula pelas redes sociais, os media precisam urgentemente de especialistas em redes que sejam capazes não apenas de observar, mas até mesmo de criar as suas próprias plataformas. Num mundo em convulsão e complexo, repórteres rigorosos que explicam as causas e origens do fluxo diário, em vez de apenas relatar notícias enganosas, serão inestimáveis. O jornalismo de qualidade será o melhor passaporte para vislumbrar o futuro, e os profissionais poderão trabalhar cada vez mais por conta própria, tornando-se seus próprios meios de comunicação.