Onde se fala de “Dicionário Aurélio” por um jornalista de investigação
O jornalista brasileiro Cezar Motta vai lançar, no final deste ano, um livro de investigação sobre a criação, em 1975, do “Dicionário Aurélio”, descrito como o verdadeiro código da língua falada e escrita no Brasil.
“Por trás das palavras: as intrigas e disputas que marcaram a criação do Dicionário Aurélio, o maior fenómeno do mercado editorial Brasileiro” foca-se, sobretudo, nas reacções dos escritores, académicos, políticos, jornalistas e empresários aquando da publicação do dicionário, em plena ditadura militar.
Em entrevista ao “Observatório da Imprensa” -- associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria -- Motta explicou o processo de investigação e as motivações para a escolha deste tema.
O jornalista recordou que a ideia para o livro surgiu quando estabeleceu contacto com Joaquim Campelo, que terá sido tão importante na criação do dicionário como Aurélio Buarque de Holanda.
Naquela época, foi considerado o mais prático e completo dos dicionários, que abrangia tanto gírias antigas e modernas, como expressões populares dos locais mais distantes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Traduzia, também, expressões científicas, jargões da economia, da medicina e da política.
Dezembro 20
Por isso, o autor considerou crucial informar o público sobre a criação de algo tão importante para o conhecimento.
Além disso, referiu Motta, o “nascimento” do “Aurélio” abarcou eventos fascinantes, “foi uma verdadeira saga e deixou marcas nos seus autores”.
Por isso mesmo, o jornalista considerou conveniente fazer uma contextualização histórica. “Os dois principais personagens eram pessoas da sua época, num Rio de Janeiro que já começava a dar sinais claros de decadência urbana e social. Geisel foi o presidente brasileiro com maior poder pessoal desde a ditadura do Estado Novo, e tomara posse com um projecto de abertura democrática. Mas ainda era uma ditadura. Nós, brasileiros, alimentávamos a esperança de um futuro democrático. Por isso, era importante um painel de época”, considerou.
Motta espera, assim, conseguir dar algum protagonismo ao idioma, e recordar os cidadãos sobre a importância da correcção linguística.
A plataforma espanhola Maldita concluiu que a rede global de verificação de factos GFCN tenta imitar redes internacionais de fact-checking, como a Rede Internacional de Verificação de Factos...
Um artigo publicado no Le Monde aborda a forma como o Ocidente está a perder a “batalha da informação internacional”. Sob a ordem de Donald Trump, a Voz da América deixou de emitir, assim...
Um estudo da Media Innovation Network e da International News Media Association, divulgado pelo +M, considera que os meios de comunicação devem combater a fuga às notícias, adoptando um modelo...
Um tribunal russo condenou quatro jornalistas a cinco anos e meio de prisão cada um, acusados de extremismo por trabalharem para um grupo anti-corrupção fundado pelo falecido líder da oposição...
O Columbia Journalism Review publicou um artigo que dá a conhecer a realidade vivida em Myanmar depois do sismo que atingiu o país. O terramoto foi a primeira grande catástrofe natural desde que a...
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) diz estar “alarmada” com a suspensão das transmissões em ondas curtas da Radio Free Asia (RFA) em mandarim, tibetano e laociano — a RFA,...
O International Press Institute (IPI) juntou-se às organizações parceiras da Media Freedom Rapid Response (MFRR) para alertar para o agravamento da crise da liberdade de imprensa na Sérvia. Em...
Em duas decisões temporárias tomadas recentemente, os juízes federais desferiram golpes na tentativa da conselheira de Trump, Kari Lake, de desmantelar cinco emissoras internacionais financiadas...
Num artigo publicado pelo Columbia Journalism Review, Meghnad Bose dá a conhecer a forma como vários meios de comunicação social estão a alterar as suas políticas de anonimato para proteger as...