Por seu lado, o Centro Knight para o jornalismo as Américas, refere que a Gazeta investiu cerca de 7 milhões de dólares em tecnologia, para renovar os equipamentos, ao mesmo tempo que encerrava as instalações de impressão, optando pelo outsourcing, mais económico.

Mas, a Gazeta do Povo vai manter uma edição impressa, distribuída semanalmente aos sábados. Nesta versão, mais parecida com uma revista, poderemos encontrar uma análise mais aprofundada das informações que foram notícia ao longo da semana.

Há alguns meses atrás, Mário Garcia, um dos maiores especialistas em design de jornais, assegurava que o futuro da imprensa passava pela edição em papel ao fim de semana; e o presidente do Grupo GRPCom acredita que mantendo uma ligação com o negócio tradicional, os leitores se habituarão, pouco a pouco, ao novo modelo.

A intenção do Grupo GRPCom é que a Gazeta do Povo consiga inverter a situação actual, e que 70% das receitas sejam provenientes da publicidade e 30% dos leitores.

Aliás, o periódico conseguiu que 92% dos seus subscritores tivessem mantido a subscrição semanal, quando se passou ao digital. A previsão era de 60 %, apenas.

Antes do processo de mudança, havia 18  mil  subscritores no digital e 44 mil no papel. O objectivo é alcançar os 50 mil digitais no final de Junho e 300 mil no termo de 2018.

Actualmente, a Gazeta do Povo é o primeiro periódico do Brasil a ser feito originalmente para plataformas móveis e os jornalistas que ali trabalham publicam os seus artigos directamente na aplicação Méthode Memo, o que permite a divulgação imediata de informação.