As instalações e os equipamentos de emissão da rádio Capital FM -- assumidamente crítica ao regime da Guiné-Bissau -- foram vandalizados, por um grupo de desconhecidos.
"Finalmente, as ameaças que temos vindo a receber desde 2016 concretizaram-se. Conseguiram silenciar a rádio", afirmou, em declarações à agência Lusa, Yankuba Danso, apresentador da Frequência Activa, um popular programa daquela rádio, em que os ouvintes fazem críticas abertas aos governantes, políticos e militares.
Yankuba Danso disse que já "perdeu a conta" às ameaças que recebe, diariamente, sobre a possibilidade de "um dia ser cortado o pio à rádio".
Segundo adiantou o “site” da Deutsche Welle, o ministro da Presidência, Serifo Jaquité, realizou, entretanto, uma visita às instalações da rádio para analisar o nível dos estragos. "Ao tomar conhecimento deste acto vândalo, ignóbil e desproporcional a tudo o que são as garantias de um estado de direito democrático, o primeiro-ministro ordenou-nos a vir cá constatar o que se passou", afirmou. "É mais uma triste imagem que a Guiné-Bissau está a transmitir para o mundo".
Julho 20
O ministro lamentou, ainda, o sucedido, "em nome do Presidente da República, do primeiro-ministro e de todas as instituições democráticas", "porque numa sociedade democrática, de justiça, que aspira ao desenvolvimento não é admissível, de forma alguma, um atentado contra os direitos fundamentais do cidadão, o direito à voz".
De acordo com relatórios da Freedom House, a Guiné-Bissau é um país “parcialmente livre”. A Constituição prevê a liberdade de imprensa e há alguma pluralidade mediática.
Contudo, os jornalismo são, regularmente, alvo de ameaças das autoridades e das figuras políticas.
Os Repórteres sem Fronteiras (RSF) consideram, por sua vez, que a imprensa da Guiné-Bissau está a atravessar, desde 2019, um período de polarização ideológica. Esse contexto tem vindo a favorecer a interferência do Governo nos “media”.
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