A guerra entre Israel e Gaza tem afectado gravemente os jornalistas desde o dia 7 de outubro.

A Comissão de Protecção de Jornalistas (CPJ) está a investigar todos os relatos sobre profissionais de comunicação social mortos, feridos, detidos ou desaparecidos na guerra, incluindo os feridos quando as hostilidades se estenderam ao Líbano. 

Até ao primeiro de novembro, as investigações preliminares do CPJ revelaram que, pelo menos, 33 jornalistas e outros profissionais da comunicação estavam entre os mais de dez mil mortos, incluindo 8.525 palestinianos e 1.400 israelitas, desde 7 de outubro.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) avisaram as agências “Reuters” e “Agence France Press” de que não podiam garantir a segurança dos seus jornalistas que operam na Faixa de Gaza.

"As FDI têm como alvo todas as actividades militares do Hamas em Gaza", diziam em comunicado, sugerindo que o Hamas teria colocado deliberadamente operações militares "nas proximidades de jornalistas e civis". Por isso, informam que não podem "garantir a segurança dos vossos profissionais".

Os jornalistas em Gaza enfrentam riscos particularmente elevados na cobertura do conflito devido aos ataques aéreos israelitas, à interrupção das comunicações e aos de eletricidade.

No inicio de novembro, 33 jornalistas e outros profissionais da comunicação social foram confirmados mortos: 28 palestinianos, quatro israelitas e um libanês.

Há ainda a lamentar oito jornalistas feridos e outros nove jornalistas como desaparecidos ou detidos.

O CPJ deu ainda conta que está também a investigar numerosos relatos não confirmados de que outros jornalistas foram mortos.

"O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que fazem um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvos das partes em guerra", disse Sherif Mansour, coordenador do programa do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África. 

"Os jornalistas de toda a região estão a fazer grandes sacrifícios para cobrir este conflito".

"Os de Gaza, em particular, pagaram, e continuam a pagar, um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais. Muitos perderam colegas, famílias e instalações dos meios de comunicação social e fugiram em busca de segurança quando não existe um porto seguro ou uma saída".