O Grupo Patriot Media, propriedade de Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, e cujo meio de comunicação mais proeminente era o site de notícias RIA FAN, vai encerrar.

"Estou a anunciar a nossa decisão de fechar e deixar o espaço de informação do país", disse o director da RIA FAN, Yevgeny Zubarev, num vídeo publicado nas contas das redes sociais da holding.

Zubarev não deu motivos para a decisão.

O encerramento acontece uma semana após a revolta do Grupo Wagner, que tomaram várias instalações militares no sul da Rússia antes de marcharem sobre Moscovo.

Sob um acordo que interrompeu a rebeliáo, Prigozhin, um ex-aliado do presidente Vladimir Putin, foi autorizado a exilar-se na Bielorússia, embora, aparentemente, já tenha regressado à Rússia.

A Patriot Media tinha uma linha editorial fortemente nacionalista e pró-Kremlin, e fazia uma cobertura positiva de Prigozhin e do seu Grupo Wagner.

Entretanto, o jornal russo Kommersant informou que o órgão regulador dos media do país, Roskomnadzor, bloqueou os meios de comunicação ligados a Prigozhin, sem dar mais detalhes.

Após o exílio de Prigozhin na Bielorrússia, os sites de notícias russos relataram que o Roskomnadzor bloqueou os meios de comunicação vinculados a Prigozhin.

O Moscow Times também informou que a Internet Research Agency, a “fábrica de trolls” russa, supostamente usada por Prigozhin para influenciar a opinião pública em países estrangeiros, incluindo os Estados Unidos e implicada no escândalo de interferência nas eleições americanas de 2016, foi dissolvida.

O Patriot Media Group trabalhou "contra Alexei Navalny e outros representantes da oposição, que tentaram destruir, genuinamente, o nosso país", referiu.

No seu vídeo, Zubarev elogiou a história da Patriot Media, dizendo que a organização defendeu, tanto Prigozhin, como Putin, de ataques da oposição anti-Kremlin, incluindo Alexei Navalny, um crítico de Putin, que está preso.