Vox Media e a Condé Nast foram as mais recentes empresas de comunicação social a fazer cortes numa tentativa de resistir a um mercado publicitário tumultuoso.

De acordo com um artigo da jornalista Angela Fu, publicado no Poynter, a Vox reduziu o número de efectivos em 4%, despedindo principalmente pessoal das áreas de produto, design, tecnologia e publicidade; Vox.com; e The Dodo, de acordo com a porta-voz da empresa, Lauren Starke. Pelo menos 20 pessoas foram despedidas, informou o The New York Times.

"Isto reflecte a contínua turbulência na publicidade e a necessidade de construir relações ainda mais leais com o público, dada a crescente volatilidade das plataformas de pesquisa e sociais, entre outros factores", escreveu Starke.

Em janeiro, a Vox já tinha efectuado uma ronda de despedimentos, data em que cortou 130 postos de trabalho, ou seja, 7% do pessoal.

De acordo com o sindicato que representa os jornalistas da Vox, as demissões anunciadas este mês incluíram repórteres que cobrem mudanças climáticas, política e tecnologia.

"Despedimentos como estes só aprofundam a instabilidade e a desigualdade que se verifica na nossa indústria e dificultam o trabalho dos que permanecem na Vox Media", escreveu o sindicato num comunicado.

As demissões na Condé Nast também começaram este mês e as publicações afectadas incluem The New Yorker e Vanity Fair, informou Puck.

O director executivo Roger Lynch avisou os colaboradores, através de um memorando a 1 de novembro, que a empresa iria despedir cerca de 270 trabalhadores, ou seja, 5% do seu pessoal. Lynch culpou uma indústria "em mudança", com o público e os anunciantes a mudarem o seu comportamento.

Dezenas de agências noticiosas procederam a despedimentos este ano, incluindo a NPR, a ABC News, o Washington Post, o Los Angeles Times e o BuzzFeed News. Entre janeiro e outubro, a indústria dos meios de comunicação social reduziu cerca de 20.000 postos de trabalho, de acordo com um relatório da empresa de emprego Challenger, Gray and Christmas.