As imagens das manhãs das estações de rádio públicas locais France Bleu e France 3, não têm sido transmitidas na TV, como é hábito. Os jornalistas das rádios em causa, retiraram os seus direitos de imagem para protestar contra a situação precária dos colegas responsáveis ​​pelas filmagens.

Em causa, está a situação precária dos colaboradores encarregues da transmissão das imagens, que estão subcontratados através de uma empresa privada, a Eden Press, com contratos temporários, com duração variável, que podem ir desde algumas horas, vários dias, ou por temporadas, a termo certo.

A Eden Press decidiu agora não renovar o contrato dos editores de imagem que trabalhavam no local, há três anos.  

"No nosso sector, a regra que limita a três anos as missões efectuadas por colaboradores com contrato a termo certo, aplica-se em todo o lado, tanto no sector privado, como no sector público" e "geralmente adapta-se muito bem à natureza das nossas actividades, a sua sazonalidade e aos próprios jornalistas”, disse à Agência France Press (AFP) o presidente da Eden Press, Grégoire Olivereau.

“Várias possibilidades podem ser oferecidas” aos interessados, “como uma evolução para outro cargo na empresa, a supervisão das equipas dos nossos clientes, ou noutro programa a cargo do Eden”, acrescentou.

Segundo o SNJ Radio France, sindicato dos jornalistas das rádios de serviço público, em França, a "Radio France fecha os olhos às práticas do seu subcontratante", disse um jornalista da France Bleu à AFP.

Desde dezembro de 2022 que a France Bleu transmite as suas manhãs da rádio na TV, das 7 às 9 da manhã. Nos últimos dias, em vez das manhãs das rádios, foram transmitidos desenhos animados.

Num comunicado de imprensa, a SNJ Radio France saudou o "grande sucesso" deste "movimento de protesto ilimitado".

Questionada pela AFP, a France Bleu, a rede de estações de rádio públicas locais, não quis comentar.