Conceituado economista norte-americano e Prémio Nobel em 2008, Paul Krugman publicou, no passado dia 9 de Dezembro, o seu último artigo de opinião como colunista do New York Times.

Krugman escreveu para aquele jornal durante 25 anos, tendo começado em janeiro de 2000.

“Estou a reformar-me do The Times, mas não do mundo, pelo que continuarei a expressar as minhas ideias noutros lugares”, diz o colunista no início do seu último texto.

“Esta parece uma boa ocasião para reflectir sobre o que mudou nos últimos 25 anos”, acrescenta, dando início a uma descrição da forma como, na sua perspectiva, a sociedade tem evoluído na sua relação com o poder — político e económico.

É esse o tema do seu último artigo: “Encontrar esperança numa época de ressentimento”.

Kathleen Kingsbury, editora da secção de opinião do New York Times, num texto de despedida dedicado a Paul Krugman, descreve o economista como “uma figura importante na história do Times Opinion”.

“Repetidas vezes, [Krugman] enfrentou grandes lutas, abordou as políticas de forma profunda e séria, chamou à responsabilidade aqueles que se encontravam no poder e proferiu verdades duras — por vezes, como uma voz solitária a defender posições pouco populares”, recorda a editora, mencionando, de seguida, algumas das situações mais marcantes, como a oposição à invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

“Quem poderia imaginar, há 25 anos, que uma coluna escrita por um especialista em economia (bocejo!) se tornaria viciante para milhões de norte-americanos?”, questiona Nick Fox, um dos editores de Paul Krugman nos últimos anos.

(Créditos da fotografia: Adam Schultz, White House, via Wikimedia Commons)