“Mais uma vez, nossos próprios líderes parisienses querem usar as estações regionais da France 3 como um saco de pancada”, afirma a CGT da France Televisions noutro comunicado à imprensa.

O documento, resume um encontro entre as duas direcções e prevê dar “novos passos decisivos na aproximação da France 3 e da France Bleu” no prazo de 5 anos. Comtempla nomedamente "a criação de direcções regionais únicas" para concretizar "projectos editoriais conjuntos", bem como "a criação de uma marca única comum".

O SNJ receia que este plano seja “em breve apresentado ao Governo no quadro dos COM (Contratos de objetivos e meios) que deverão ser celebrados com o Estado a partir de 2024”. “As sinergias da radiodifusão pública seriam assim aceleradas, ao ritmo das injunções políticas”, alerta o sindicato, enquanto a ministra da Cultura, Rima Abdul-Malak, já apelou diversas vezes ao reforço das “sinergias” entre grupos públicos.

A CGT da France Televisions, por sua vez, disse sentir-se “agoniada ao ter conhecimento desse projecto na imprensa". “A estratégia da empresa deve ser apresentada primeiro aos eleitos, no CSE. Mais uma vez o diálogo social é dificultado”, denunciou.

A France Télévisions está actualmente a promover uma reforma contestada internamente: chamada Tempo, que prevê a extinção dos jornais nacionais da France 3 (13/12 e 19/20) em Setembro de 2023 e a sua substituição por 24 edições regionais.