Um estudo da Media Innovation Network e da International News Media Association, divulgado pelo +M, considera que os meios de comunicação devem combater a fuga às notícias, adoptando um modelo “que vá ao encontro das necessidades dos utilizadores”. 

A investigação classifica as notícias em oito categorias: actualização, educação, inspiração, dar perspectiva, ajuda, conexão, envolvimento e distração. O estudo defende que “implementar uma mistura equilibrada de conteúdos que inclua jornalismo explicativo, notícias constructivas e reportagens baseadas em soluções pode ajudar a atrair audiências e públicos desmotivados”.  

Também sugere tornar as notícias mais cativantes, com formatos acessíveis ao seu consumo e que facilitem a compreensão de temas complexos. 

O impacto emocional das reportagens e o excesso de notícias negativas devem ser aspectos acautelados pelas empresas de comunicação social. Para além disso, “a confiança continua a ser uma barreira fundamental para o envolvimento com as notícias, sendo importante evitar o sensacionalismo e ter uma visão equilibrada do mundo”, acrescenta o estudo. 

A inteligência artificial (IA) e as novas tecnologias, como a IA generativa, não devem ser postas de parte, uma vez que podem ajudar a personalizar o consumo de notícias e a tornar a informação mais relevante e envolvente para os utilizadores. Chatbots com IA, resumos áudio e vídeos explicativos são alguns exemplos. 

Outro aspecto salientado é a personalização dos formatos das notícias de acordo com as preferências do público, o que pode aumentar o envolvimento. O estudo conclui que, ao adoptarem estas estratégias, os meios de comunicação podem “contrariar o cansaço das notícias, atrair novos leitores e garantir o futuro do jornalismo numa rápida evolução digital”. 

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