“Acordo de princípio” para Estado comprar participações da Lusa

O presidente da Lusa, Joaquim Carreira, disse, no passado dia 18 de Julho, que há um “acordo de princípio” para que o Estado compre os 45,71% da agência noticiosa detidos pela Global Media e pela Páginas Civilizadas, noticia o Observador, citando a Lusa.
A formalização do negócio só deverá acontecer quando o World Opportunity Fund (WOF) sair da Páginas Civilizadas e, dessa forma, deixar de ter participação no Global Media Group, diz o Eco.
O valor da compra deverá ser inferior aos 2,53 milhões de euros, 2,6 euros por acção, previstos em Novembro do ano passado.
Actualmente, a Global Media detém 23,36% da Lusa, e a Páginas Civilizadas, sociedade do Grupo Bel, de Marco Galinha, 22,35%.
O Estado já é o accionista maioritário da Lusa, com 50,15%. As restantes participações são detidas pela NP — Notícias de Portugal (2,72%), Público (1,38%), RTP (0,03%), e O Primeiro de Janeiro, S.A. e Diário do Minho, Lda. (0,01% cada).
O negócio poderá ser concluído até ao final deste mês [Julho]”, avançou Joaquim Carreira.
Esta compra já tinha sido defendida pelo anterior Governo, mas acabou por não avançar, por falta de acordo com o PSD, uma vez que o Executivo chefiado por António Costa considerou que sem um “compromisso político alargado”, não estavam “reunidas as condições para concluir a operação”. O PSD, na oposição na altura, entendeu que a decisão deveria ser tomada pelo Governo seguinte, dada a “sensibilidade da matéria”, cita o Eco.
(Créditos da imagem: edifício da Lusa, captura de ecrã do Google Maps)