Contudo, Diakopoulos defende que os “media” devem ter a capacidade de alinhar as duas áreas, com uma equipa focada na redacção de artigos e com outra responsável pelo desenvolvimento de “softwares” e análise de dados de consumo.


Becker ressalva, da mesma forma, que outro factor a ser considerado refere-se à sofisticação computacional muito desigual nas redações. 


Isto porque, enquanto alguns títulos têm equipas multifuncionais bem estruturadas, compostas por jornalistas e especialistas em tecnologia, outros ainda têm dificuldade em analisar bases de dados ou desenvolver conteúdos para formatos específicos, como os vídeos do  TikTok.


Posto isto, a autora considera essencial reflectir sobre o actual programa leccionado em faculdades de jornalismo, para que os novos profissionais tenham a capacidade de enfrentar os desafios desta nova era.


Com a introdução de uma nova estratégia, acredita Becker, haveria muitas oportunidades no uso da tecnologia para que o jornalismo melhorasse os seus processos, disseminasse informações verdadeiras e alcançasse mais cidadãos.


“Para isso, um bom começo seria desenvolver um senso de comunidade e colaboração entre jornalistas, academia e outras áreas de conhecimento”, concluiu.

Leia o artigo original em "Observatório da Imprensa"