Por seu lado, Esther López Palomera, editora-adjunta do “eldiario.es”, salientou que "os jornalistas estão aqui para perguntar, contra-interrogar, duvidar de tudo o que o governo e a oposição estão a tentar vender-nos como verdades absolutas", porque, ultimamente, "eles oferecem-nos mais propaganda do que informação".


Já Alipio Gutiérrez, director de conteúdos de saúde da RTVM, explicou que esta pandemia "serviu para, mais uma vez, justificar a importância da especialização em jornalismo". 


O jornalista e fotógrafo Gervasio Sánchez, completou esta primeira ronda de debates e falou da censura imposta “media”, com recurso a "argumentos peregrinos" . "A culpa é de todas as administrações deste país: Mentiras, mentiras e mentiras têm sido a atitude do governo central e regional para enterrar a realidade do que aconteceu".


Relativamente ao comportamento das publicações, Sánchez afirmou que estas “ assumiram uma atitude submissa perante os poderes factuais deste país". "Estamos num momento muito triste para a imprensa espanhola. Os compromissos e as estreitas relações entre empresas mediáticas, interesses económicos e interesses políticos desviaram o jornalismo de qualidade".

Após uma pausa, começou a segunda mesa redonda: “Teorias versus informação na crise de coronavírus”, moderada por Monica Tourón, secretária-geral da APM (Associação de Imprensa de Madrid). 


Na introdução ao debate, Tourón recordou, que tanto a APM como a FAPE, sempre defenderam que a melhor forma de combater as “fake news” é a através de boa informação.


O jornalista e sociólogo Manuel Campo Vidal foi o primeiro dos três oradores a intervir, assegurando que estamos a presenciar uma crise de desinformação sem precedentes. 


Já Clara Jiménez, co-fundadora e CEO da “Maldita.es”, considerou, por sua vez, que os jornalistas devem estar atentos a novos canais de partilha de notícias falsas. 


Finalmente, Gabriel Sanz, correspondente político do “Vozpópuli”, explicou que "as redes sociais têm sido muito boas noutros aspectos, mas introduziram um falso sentido de democratização do poder e da voz pública".