Estudantes de jornalismo preocupados com assédio na profissão
Um inquérito a estudantes de jornalismo revelou uma imagem preocupante do que acontece quando são enviados para o terreno, noticiou o Poynter. Além dos benefícios da prática, o trabalho no exterior acarreta, no entanto, alguns riscos.
Cada vez mais conscientes dos riscos, os estudantes estão, também, mais preocupados com a violência e as ameaças que vitimizam os jornalistas.
Ao falarem com vários jovens durante o último ano, Meg Heckman, Myojung Chung e Jody Santos consideraram que “educar os estudantes de jornalismo sobre o assédio no trabalho, é um passo crucial na remodelação da cultura profissional geral do jornalismo em algo mais inclusivo, acessível e de apoio a novos profissionais”.
Para além das ameaças sofridas devido à cor da pele, foram realçados, por jovens mulheres, casos de assédio no local de trabalho, quer por parte de professores, quer por parte de outros profissionais e colegas.
A maioria dos estudantes inquiridos queixou-se de assédios, “mas a resposta foi muitas vezes inexistente”. Cerca de metade dos inquiridos revelou que a sua universidade não tomou qualquer medida ou investigou a situação.
A solução foi, para 40% destes estudantes, abandonar o seu trabalho ou a aula que frequentavam. Houve mesmo quem desistisse de trabalhar no jornalismo.
Setembro 22
Perante os dados recolhidos, o grande desejo dos estudantes passou pela necessidade de que os seus professores e formadores sejam mais proativos em relação a este tipo de abordagem.
Os investigadores apresentaram alguns modelos que podem servir em caso de assédio no trabalho, como os que existem na TrollBusters, no Comité de Proteção dos Jornalistas e no Centro DART de Jornalismo e Traumatologia. Também, a Sociedade de Jornalistas Profissionais, bem como a organização de palestras podem ajudar a lidar com estas questões.
Foi realçado, ainda, que “a falta de resposta a estes desafios terá consequências duradouras para os nossos estudantes, para o campo do jornalismo e para a própria democracia”, reforçando a importância das escolas e universidades enquanto educadores.
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