Perante as ameaças crescentes à profissão, um grupo de jornalistas de Coimbra fundou recentemente a Propress — Associação Portuguesa de Jornalistas, noticia o Observador, citando a Lusa.

Com o objectivo de se expandir pelo país, a associação acredita que “é preciso cuidar melhor dos jornalistas e dar voz a quem, nos mais variados sítios, sente os problemas de função”, afirmou João Bizarro, presidente da direcção.

“Nasceu em Coimbra, mas vai chegar a todo o país, porque o país que existe mesmo é aquele onde vivemos e não um edifício perfeito, mas em ruínas, com que nos confrontamos. Somos parte do problema e queremos ser parte da solução, ainda que com pequenas acções”, sublinhou.

O presidente da Propress esclareceu, ainda, que esta é uma associação profissional, sem pretensões de intervir no campo sindical, nem no da certificação e regulação da profissão.

Contudo, garante que a associação “tomará posição e formulará pareceres fundamentados, quer sobre as condições de exercício da profissão, quer sobre o modo como se processa e decorre o processo de regulação da função profissional”.

“É preciso, sobretudo, saber que caminhos é preciso percorrer para atalhar a grave crise”, acrescentou João Bizarro.

A organização promoverá acções de formação, estudos, discussão, investigação, iniciativas públicas e outras, dirigidas aos jornalistas e ao país.

“Temos compromissos na procura de novos produtos de comunicação e de mediação da informação, com grupos de trabalho de jornalistas e alunos da área do jornalismo, para a intervenção nos novos meios de comunicação digital”, anunciou o presidente da Propress.

No plano de actividades para 2025, está já prevista a realização de um fórum nacional de jornalistas, a acontecer em Coimbra no final da Primavera do próximo ano, noticia o jornal universitário de Coimbra A Cabra.

A Propress foi registada em 24 de outubro. Além de João Bizarro na presidência, a direcção é composta por Bruno Gonçalves como secretário, Horácio Antunes como tesoureiro, sendo vogais Cláudio Calhau, Carlos Sousa e António Crespo.

A mesa da assembleia geral é presidida por Miguel Ângelo Marques, sendo secretários Paulo Marques e João Agante. O conselho fiscal é encabeçado por Casimiro Simões, tendo como vogais Ana Engenheiro e Mário Freire.

(Créditos da fotografia: The Climate Reality Project no Unsplash)