Os debates sobre a participação das mulheres na sociedade começaram a ganhar destaque na República Democrática do Congo, onde existe, agora, uma estação de rádio dedicada, exclusivamente, a temáticas femininas e feministas.
Chama-se “Radio de la Femme”, encontra-se em funcionamento há pouco mais de um ano, conta com a colaboração de 20 profissionais, e pode ser ouvida em todo o território.
Em entrevista para o jornal “Le Monde”, a directora e fundadora da estação, Elfie-Esther Nkishi Ilunga, explicou que, com o lançamento do projecto, quis “libertar a voz das mulheres”, num país em que as jornalistas são, ainda, mal recebidas pela sociedade.
“Quando comecei, em 2001, as jornalistas não tinham uma boa reputação”, explicou aquela responsável. “Aliás, o meu pai queria que eu fosse estudar Direito”.
Além disso, ao longo do seu percurso académico e profissional, Nkishi Ilunga diz ter sido pressionada, várias vezes, a abandonar os seus objectivos.
“A pressão social faz, muitas vezes, com que não tenhamos coragem de ir à escola”, disse.
Assim, através da “Radio de la Femme”, Nkishi Ilunga pretende lutar pelos direitos das mulheres, criando uma espécie de comunidade solidária, que convida as jovens a saírem do seu isolamento, e a seguirem os seus sonhos.
Janeiro 22
Como tal, esta estação convida jovens estudantes a integrarem o projecto, em regime de estágio, para que a posição das mulheres continue a ser reforçada nos “media” da República Democrática do Congo.
Uma vez que funciona sem qualquer tipo de apoio governamental, e que procura remunerar os seus colaboradores de forma justa, a “Radio de la Femme” prevê que terá condições para continuar as emissões por, apenas, mais um ano.
De acordo com os relatórios dos Repórteres sem Fronteiras (RSF), apesar de permitir alguma pluralidade informativa, a República Democrática do Congo continua a perseguir e a ameaçar jornalistas, condicionando a actividade de diversos “media” independentes.
Aliás, em 2020, foram registados cerca de 116 de ataques à liberdade de imprensa naquele país.
Perante este cenário, a República Democrática do Congo encontra-se em 149º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos RSF, entre 180 países.
Os vídeos de animação e grafismo digital parecem ter efeitos benéficos na apreensão da informação noticiosa por parte do público. Quem o diz é Mike Beaudet, repórter de investigação e...
A empresa de inteligência artificial (IA) Perplexity começou a partilhar as receitas da publicidade com as organizações de media suas parceiras, noticia a Press Gazette. O anúncio de que esta...
O verdadeiro negócio das redes sociais não são os serviços de envio e recepção de mensagens, partilha de informações e participação em fóruns que as plataformas disponibilizam aos seus...
Numa conversa com o Nieman Reports, Lina Chawaf, fundadora e directora da Radio Rozana, uma estação de rádio independente da Síria, partilhou as suas esperanças e preocupações para o futuro...
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou um relatório com o resumo dos dados mais relevantes relativos aos ataques aos jornalistas em 2024 em todo o mundo, incluindo profissionais...
No final de Novembro, o Governo de Israel aprovou uma medida no sentido de interromper as ligações com o jornal Haaretz, bem como o pagamento de publicidade institucional e de assinaturas naquela...
Algumas organizações de imprensa europeias apontaram o dedo à Google por excluir temporariamente, dos seus motores de pesquisa, os conteúdos noticiosos de alguns media da União Europeia, noticia...
Foi recentemente aprovado, em Espanha, um decreto-lei que introduz algumas mudanças à composição do conselho de administração da RTVE, serviço público de televisão e rádio do país. Entre...
Jornalistas da Al Jazeera que se encontram a cobrir o conflito em Gaza manifestaram-se contra o atraso no pagamento de despesas de trabalho por parte da estação de televisão, noticia o site...