Profissionais espanhóis alertam para a polarização jornalística
O panorama mediático foi influenciado, negativamente, pela polarização política, o que se tem reflectido na linha editorial de diversas publicações noticiosas.
Quem o garante são alguns dos mais conhecidos jornalistas espanhóis que, numa conferência organizada pela FAPE (Federação de Associações de Jornalistas Espanhóis) chegaram à conclusão de que, perante este cenário, os “media” têm vindo a tornar-se sensacionalistas.
“O jornalismo tornou-se polarizado no conteúdo político e na linha editorial”, afirmou Marta Solano, apresentadora do programa 24 Horas da TVE, que moderou o debate. “Por vezes, os encontros jornalísticos tornam-se verdadeiras espectáculos, o que se reflecte no exercício da profissão”.
Esta opinião foi partilhada por Bieito Rubido, director do jornal “El Debate”, que considerou, neste âmbito, que a impertinência dos profissionais dos “media” passou a ser aplaudida, em vez de repudiada.
“Quanto mais rude formos, melhor” disse Benito Rubido. “Isto verifica-se, particularmente, nas entrevistas de rádio ou televisão”.
Por isso mesmo, Rubido considera que “a profissão precisa de uma grande reflexão, e de um consenso”, visto que os jornalistas estão a promover-se de forma errada perante a sociedade.
Da mesma forma, a jornalista Pilar Velasco, especializada em jornalismo investigativo, afirmou: “Estamos cada vez mais politizados”.
Dezembro 21
“Há dez anos, seria impensável os políticos insultarem os jornalistas. Esta guerra aberta não existia e todos seguíamos as regras do jogo”, disse Velasco. “É normal que o jornalismo agite a sociedade. Isso não é uma coisa má. Mas torna-se preocupante quando nos condicionamos à opinião e às redes sociais”.
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