México e Brasil com maior impunidade nos crimes contra jornalistas
De acordo com o Índice de Impunidade Global de 2019, publicado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), o México e o Brasil são as únicas nações latino-americanas, entre os 13 países do mundo, em que os assassinatos de jornalistas ficam impunes com maior frequência.
O índice “calcula o número de assassinatos de jornalistas não resolvidos como uma percentagem da população de cada país”.
Os casos são incluídos se não forem resolvidos e se houver total impunidade, o que significa que não ocorreram quaisquer condenações.
O México encontra-se na sétima posição do índice e verificou-se, apenas, uma condenação dos 31 assassinatos ocorridos, entre Setembro de 2009 e 31 de Agosto de 2019. O país foi, também, considerado o mais “fatal” para jornalistas.
O Brasil ocupa o nono lugar no índice de 2019 e tem cerca de 15 assassinatos não resolvidos. No ano anterior apresentou 17 casos por resolver.
O índice foi divulgado no fim de Outubro para marcar o Dia Internacional pelo “Fim da Impunidade por Crimes contra Jornalistas”, que se celebra a 2 de novembro.
O Knight Center realizou uma análise dessa classificação, que foi publicada no site.
Novembro 19
O CPJ refere que a Colômbia foi o único país que não transitou da lista do ano anterior para esta. No ano passado, o país ocupou a oitava posição do índice.
Segundo o CPJ, 318 jornalistas foram mortos pelo mundo, num período de 10 anos, como retaliação pelo seu trabalho. Cerca de 86% dos casos não foram resolvidos.
“A impunidade que testemunhamos nesses [13] países, ano após ano, e o conhecimento de que as autoridades agem pouco contra aqueles que atacam a imprensa, prejudica a capacidade dos jornalistas em todo o mundo de fazer seu trabalho”, disse Courtney Radsch, do CPJ.
A pesquisa realizada pelo CPJ mostra que a impunidade se deve, na maior parte dos casos, à “corrupção sem controlo, instituições ineficazes e falta de vontade política para prosseguir investigações robustas”.
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