Quando confrontada com o caso, a NSO Group afirmou que, por questões de confidencialidade, não poderia revelar a entidade do cliente. Assim, a Amnistia Internacional toma o Governo marroquino como o principal suspeito.


Aliás, Omar Radi considera que exercer jornalismo em Marrocos é cada vez mais desafiante.


Devido a investigações anteriores, o jornalista não pode entrar em algumas zonas do país e está impedido de entrevistar cidadãos de determinadas regiões.


Além disso, Radi foi detido pelas autoridades, em Março, na sequência de uma publicação nas redes sociais sobre um processo judicial.


Desde que a Amnistia confirmou, em Fevereiro, que o seu telefone estava sob vigilância, o jornalista alertou amigos íntimos, colegas e fontes para a possibilidade de as suas informações terem sido divulgadas.


Apesar de ser alvo de investigação, o jornalista continua a exercer as suas funções, ainda que com mais precaução e a realizar entrevistas presencialmente.