Organizado pela Intergraf (Federação Europeia de Imprensa e Comunicação Digital) e pela empresa de consultadoria Smithers Pira, o Magazine Seminar 2018 reuniu em Bruxelas, no primeiro dia de Fevereiro, 65 profissionais da indústria editorial, para debater o futuro das revistas impressas. 

Segundo Media-tics, que aqui citamos, durante o evento os participantes tiveram acesso a um relatório exclusivo da Smithers Pira, confirmando uma realidade conhecida: que também o mercado das revistas, no seu conjunto, está em declínio. E o analista Sean Smyth, desta empresa, reconheceu que isto se deve ao facto de, tanto os leitores como os anunciantes, estarem a emigrar para a Web

“No entanto, se o mercado das revistas impressas representava em 2017 um valor de 8.300 milhões de euros, estamos, segundo Smyth, diante de uma indústria em que ainda é possível ganhar dinheiro. Mas como?” 

O exemplo que se destaca, num mercado britânico em que as revistas de moda e celebridades está a encolher drasticamente, é The Economist, que conseguiu um aumento de circulação. A razão será, segundo foi adiantado, “um conteúdo de qualidade e uma marca forte, que funciona bem em qualquer plataforma”. (...) 

“O relatório da Smithers Pira assinala que, embora a impressão continue a ser a sua principal fonte de receita, as revistas devem abarcar todos os canais de comunicação para atrair públicos diferentes. Por outro lado, ficou claro que o conteúdo é rei. Se a oferta informativa é relevante, os leitores vão pagar por ela, independentemente do suporte em que seja apresentada. A inovação e o conhecimento da audiência, por meio dos dados recolhidos da Internet, são outras chaves que permitirão aproveitar os benefícios da impressão.”

 

O artigo de Media-ticsMais informação sobre o Magazine Seminar 2018