O governo argelino anunciou que não irá renovar a licença de emissão do canal noticioso France 24, por considerar que a emissora é “hostil” ao governo.
Algumas organizações de jornalistas condenaram, entretanto, esta decisão, classificando-a como um “atentado à liberdade de imprensa”.
A título de exemplo, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) disse que esta medida é “extremamente preocupante" e apelou, por isso, às autoridades argelinas que respeitassem a liberdade de imprensa e que libertassem todos os jornalistas detidos no país.
Por sua vez, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) manifestou preocupação no Twitter sobre "a gravidade e arbitrariedade desta medida que, sem dúvida, terá um efeito negativo para outros ‘media’ internacionais" .
Além disso, o governo francês lamentou a decisão do governo de Argel.
"A França defende a liberdade de expressão e de imprensa, tanto na Argélia, como no resto do mundo", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll. “A liberdade de informar é um direito fundamental, que deve ser protegido em todos os lugares”.
O canal noticioso reagiu, também, à decisão, garantindo que sempre “realizou a cobertura noticiosa na Argélia de forma transparente, independente e honesta”.
Junho 21
Durante os últimos anos, a France 24 dedicou-se à cobertura noticiosa do Hirak, um movimento civil iniciado em 2019, em protesto contra a reeleição de Abdelaziz Bouteflika.
O movimento continuou mesmo após o afastamento de Bouteflika e exige, agora, a reforma do sistema governamental, em vigor desde 1962.
A Argélia encontra-se em 146º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos RFS, que avalia um total de 180 países.
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