ERC não tem queixa de jornalistas assediados para notícias tendenciosas
O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Sebastião Póvoas, afirmou que não recebeu “até agora” qualquer queixa relativa à existência de anúncios à procura de jornalistas para escreverem notícias tendenciosas sobre a Covid-19.
Este assunto foi abordado, em primeira instância, num artigo de opinião de Pedro Tadeu, publicado no “Diário de Notícias”, no qual o autor referiu ter-se deparado com anúncios de emprego, que procuravam alguém que assegurasse “a elaboração de reportagens, entrevistas, num tema específico relacionado com saúde, desenvolvendo investigação, reportagens e entrevistas."
Segundo relatou Tadeu, estes anúncios davam acesso a um “link” para um videoconferência na plataforma Zoom, nas quais os candidatos ficavam a saber que deveriam “focar os seus trabalhos na contabilização de números de mortos, número de infectados e níveis de contágio”.
Nestas conferências, os recrutadores referiam, igualmente, que os candidatos deveriam trabalhar para uma redacção portuguesa, e ter “poder suficiente para publicar propostas (...) suas”.
“Caso conseguisse publicar, nos moldes combinados, seria remunerado por isso”.
Abril 21
“Portanto, ao que parece, está montado um sistema de contratação, por entidades estranhas ao jornalismo, de jornalistas que estejam a trabalhar em redacções para impingir nos seus jornais, rádios ou televisões matérias que, embora sejam baseadas na realidade (ninguém pediu para mentir), fossem capazes de alterar a linha editorial desses órgãos de informação”, referiu, ainda, Tadeu.
Quando questionado sobre o assunto, na audição conjunta das comissões parlamentares de Cultura e Comunicação e de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Sebastião Póvoas afirmou que “esta é a primeira vez que a situação nos é colocada”.
Aquele responsável garantiu, por outro lado, que a entidade continuará “sem que as mãos lhe doam, a garantir o cumprimento rigoroso da Constituição da República e das várias leis da comunicação social”.
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