Com este cenário sombrio, a DescobrirPress, empresa do grupo Impala,  entrou num segundo "round" de negociações com os credores para se salvar da falência.


Segundo refere o mesmo jornal, no final  de Dezembro, o Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste aceitou o pedido de um segundo Processo Especial de Revitalização (PER) da DescobrirPress, tendo nomeado o administrador de insolvência .

A gráfica Sogapal é a maior credora, reclamando 20,3 milhões de euros (quase 40% do total), depois de ter comprado, ainda durante as negociações do PER inicial, os créditos da massa falida da Electroliber, que era o maior credor individual da DescobrirPress.
Da lista de 318 credores da empresa, fazem parte a Segurança Social,  o fisco, a Lisgráfica e mais de 200 ex-trabalhadores.


Recorde-se que o primeiro PER da DescobrirPress, que foi aprovado, em Abril do ano passado, por cerca de 80% dos credores, implicava um perdão de 95% da dívida da empresa aos fornecedores, sendo que os restantes 5% seriam pagos em prestações mensais durante 12 anos e após um período de carência de cinco anos.


Dois dos credores, a Lisgráfica e o Banco Primus, recorreram da decisão de homologação para a Relação de Lisboa, que viria a revogar o PER, em Outubro passado.


Os primeiros sinais de dificuldades financeiras  da Impala surgiram em meados de 2012, quando começaram a verificar-se  atrasos no pagamento de salários e despedimento de trabalhadores, ao mesmo tempo que eram fechados títulos como a Focus, Nova Gente Decoração, Segredos de Cozinha e Mulher Moderna na Cozinha. 


A antiga Impala continua, assim, com um futuro interrogado, juntando-se a outras empresas de media em Portugal que procuram soluções para a quebra de vendas e consequentes perdas de receitas, gerando estrangulamentos financeiros.