Infelizmente, o tema, nas suas várias e complexas ramificações,  tem sido pouco tratado entre nós -  quando não mesmo bastante maltratado -, numa visão redutora e paroquial.

São escassos  os media que dedicam algum espaço ao fenómeno comunicacional  nas suas múltiplas vertentes  e, quando o fazem, esgotam-se na espuma das coisas, sem o indispensável  aprofundamento e problematização.

O acervo de textos já publicados neste site, designadamente, a  partir de contributos das parcerias que nos acompanham quase desde o fio de partida do  projecto  (o Observatório de Imprensa do Brasil, obra maior do jornalista Alberto Dines, recentemente falecido, e Cuadernos de Periodismo , editados pela APMAssociacion de la Prensa de Madrid, presidida pelo prestigiada  jornalista  Vitoria Prego), constitui já um invulgar território de propostas sobre o futuro reservado ao jornalismo e aos jornalistas, ou sobre o que espera a Imprensa tradicional, em suporte impresso, ou as televisões generalistas, em sinal aberto.

É um mundo em mudança. Uma transformação também acelerada por circunstâncias  políticas excepcionais, como aquelas que estão a ser vividas pelo jornalismo norte-americano, ou pelos profissionais sujeitos  ao regimes autoritários da Venezuela ou da Turquia, com efeitos devastadores sobre a sua independência .

A recuperação de vários textos que consideramos essenciais, publicando-os sucessivamente sob a nova rubrica Colectânea, durante o mês  de Setembro, é uma forma de “rever a matéria dada” e preparar a rentrée mediática, que já está dar sinais de agitação, incluindo transferências milionárias,  como no futebol, em busca das audiências perdidas…

Esperamos que os  associados do CPI  e todos aqueles que visitam o site com regularidade, aproveitem a oportunidade, em jeito de flashback, e partilhem este arquivo que continua actual.