Contrariando a ideia de que a imprensa está morta, eis alguns dados: segundo o estudo Press Insights, do Bareme Imprensa da Marktest, numa escala de 1 (nada relevante) a 10 (muitíssimo relevante), os portugueses atribuem uma nota média de 7,6 à relevância da imprensa em papel.

O valor médio é ligeiramente mais alto nos jornais (7,8) do que nas revistas (7,6) e alcança o seu pico de relevância nos jornais diários e semanários de informação generalista (8,0).

Em termos de audiência, o Correio da Manhã vende mais de 1,1 milhões de exemplares por mês, ou seja,  mais de 37 mil exemplares por dia, e é seguido pelo Expresso, Jornal de Notícias e o Público, que vende nove mil exemplares. 

O tempo médio total de leitura de imprensa situou-se perto dos 48 minutos, com algumas oscilações consoante a tipologia de jornal ou revista. Por exemplo, o tempo dedicado à leitura de jornais generalistas foi o mais alto, atingindo cerca de 52 minutos em média.

Já na leitura de jornais desportivos verifica-se um tempo médio na ordem dos 36 minutos.

Nas revistas, o tempo médio dedicado aos títulos mensais é de cerca de 50 minutos, contra os 42 minutos dedicados às revistas semanais.

Outro estudo da Marktest, o Bareme Imprensa, indica que cinco milhões e meio de portugueses com 15 e mais anos leram ou folhearam jornais ou revistas este ano, o que significa quase dois em cada três portugueses.

Olhemos agora para a publicidade: é na imprensa, sobretudo nas revistas, que as grandes marcas de prestígio preferem anunciar, e isso tem sido particularmente visível nesta época de Natal.

Por outro lado, é também na imprensa que os conteúdos patrocinados e a organização de eventos, como conferências, encontram maior receptividade por parte dos anunciantes e obtêm melhores resultados junto dos públicos a que se destinam.

Finalmente, e isto é importante, a maioria das investigações jornalísticas mais relevantes continua a ser feita nos jornais e revistas e são os seus conteúdos editoriais que marcam a agenda nos outros meios.  

(Texto publicado, originalmente, no Jornal de Negócios)