Nas últimas semanas, o jornal britânico The Guardian e o jornal espanhol La Vanguardia anunciaram que deixarão de publicar as suas notícias na rede social X (antigo Twitter), propriedade do bilionário Elon Musk, noticia o Eco.

No passado dia 13 de Novembro, o The Guardian publicou um artigo comunicando que deixará de usar o X para divulgar os seus conteúdos noticiosos.

“Queremos informar os leitores de que deixaremos de fazer publicações em qualquer conta editorial oficial do Guardian na rede social X (antigo Twitter)”, informou o jornal, acrescentando que “os benefícios de estar no X são agora ultrapassados pelos aspectos negativos”.

“O X é uma plataforma tóxica” e “o seu proprietário, Elon Musk, conseguiu usar a sua influência para moldar o discurso político”, justifica o jornal.

“Isto é algo que temos vindo a considerar há algum tempo, tendo em conta o conteúdo perturbador que é frequentemente promovido ou encontrado na plataforma, incluindo teorias da conspiração de extrema-direita e racismo”, acrescenta.

O jornal esclareceu que os leitores poderão continuar a partilhar artigos do The Guardian naquela rede social e que a cobertura dos acontecimentos poderá justificar que sejam incluídos conteúdos do X nos artigos do jornal.

Um dia depois, o periódico catalão La Vanguardia também anunciou a sua saída daquela rede social, alegando que o X se tornou numa “caixa de ressonância de teorias da conspiração e desinformação”.

La Vanguardia deixará de publicar tweets de forma directa na rede social X e suspenderá as suas contas [nesta rede]”, lê-se no artigo.

Para o La Vanguardia, o X encheu-se de “conteúdo tóxico” desde a chegada de Elon Musk.

A decisão de sair da rede social “coincide com o anúncio de Donald Trump de que irá nomear Elon Musk e um ex-candidato republicano, Vivek Ramaswamy, para dirigir um novo Departamento de Eficiência do Governo”.

Ainda que o jornal deixe de fazer publicações, irá continuar a acompanhar “pessoas, entidades, empresas e instituições no X para poder informar pontualmente os seus leitores sobre as mensagens e os debates que possam ali acontecer”, uma atitude semelhante àquela que é descrita também pelo The Guardian.

(Créditos da imagem: Rubaitul Azad no Unsplash)