A importância dessa greve ultrapassa a Pensilvânia. É a primeira greve de jornais nos Estados Unidos em mais de 20 anos, apesar ou talvez devido ao incrível emagrecimento da indústria durante esse período. O conflito acontece no meio de um aumento sem precedentes da sindicalização nas redacções digitais.

Tanto o Post-Gazette como o Newspaper Guild of Pittsburgh emitiram comunicados de imprensa que descrevem versões bastante diferentes do conflito ocorrido numa das instalações de produção de jornal. As instalações do Post-Gazette têm sido um ponto de discórdia na greve. O jornal entrou com uma acção contra o que chama de “invasão em massa” dos trabalhadores em greve.

Um grande desafio para o sindicato é a falta de unanimidade entre os seus membros. A votação original para determinar a greve foi aprovada por uma margem estreita e muitos colaboradores da redacção continuam a trabalhar. O Pittsburgh Post-Gazette declara que cerca de 80 jornalistas da redacção ainda estão a trabalhar, enquanto 40 estão em greve.

O Pittsburgh Post-Gazette tem sido uma fonte indispensável de notícias, publicidade e informações da região de Pittsburgh há mais de dois séculos. Os trabalhadores em greve continuam a exigir que a empresa restabeleça os termos do acordo colectivo de trabalho 2014-17, que retorne à mesa de negociações de boa-fé, respeite os acordos colectivos de saúde e os planos de seguro para todos os trabalhadores. Com a subida da agressividade deste conflito, seguido de perto por toda a indústria dos media, fica ainda mais difícil um fim à vista e o acordo entre as partes.